The Lying Detective – Resenha
Eu não estou sabendo lidar com esse episódio.
Confesso que dei uns gritos no final desse episódio. Gritos de surpresa, empolgação, ansiedade e tristeza com o fim do episódio e de lembrar que domingo será o último episódio.
Na minha opinião, essa temporada está sendo a temporada das emoções. Sherlock nunca tinha me feito chorar antes, e nessa temporada já chorei com os dois episódios, mais de uma vez (ou eu ando muito sensível mesmo).
Um aviso: o título original é The Adventure of the Dying Detective e é um dos contos de Sir Arthur Conan Doyle que faz parte do livro His Last Bow com outros sete contos
Mary disse para Sherlock ir para o inferno. E ele foi. Ele foi ao máximo, tanto em casa voltando a usar drogas, quanto se arriscando com serial killer que todos achavam que era apenas alucinações da cabeça dele – e em alguns momentos ele mesmo achou.
A ideia de que as drogas – ou pelo menos algumas delas- potencializam as atividades cerebrais é algo que não é novidade para nós meros mortais, agora imaginem em uma pessoa com uma inteligência que ninguém acompanha e/ou entende. Nem ele consegue acompanhar a velocidade de ideias e pensamentos. Num nível que ele questiona a própria sanidade – mas sabemos que isso só aconteceu em um momento, em que descobrimos o plot twist no final do episódio.
John vendo Mary a todo momento me fez pensar se Sherlock também estava vendo e conversando com ela, principalmente sob o efeito das drogas.
Esse episódio também nos fez acreditar que o poder de dedução do Sherlock é magnífico, num nível “prevendo o futuro”. Mas sabemos que não é bem assim, e a falecida Mary fez o favor de nos explicar. Apesar que depois daquele plot twist, parei para pensar se não foi aquela situação que deu tudo que ele precisava para fazer um planejamento duas semanas antes.
Aliás, vou falar logo das mulheres desse episódio. Sabemos que Steven Moffat, mesmo a gente odiando ele muito em vários momentos – a dor de ser Whovian – ele escreve personagens femininos que nós admiramos, seja como mocinha ou vilã.
A rainha/musa/dona do meu coração nesse episódio com certeza foi a Mrs. Hudson. Mesmo não sabendo de boa parte do que está acontecendo, ela percebe melhor os detalhes, ela sabe como agir, ela sabe como lidar com Holmes e Watson, e o mais importante, ela não é uma simples governanta.
O comportamento dela me deixou empolgada, me fez chorar e me fez pensar “quero ser assim quando eu crescer” (tirando a parte de se casar com um traficante).
Sherlock aparentemente ainda está em contato com Irene, mesmo que ele negue ou finja que não precisa de um relacionamento normal com seres humanos.
Watson confessou não ser o homem que Mary achava que ele era: ele queria ser aquele homem. E só de ter agido depois do vídeo da Mary, ele realmente percebeu isso. Mary pediu para Sherlock salvar John, mas ela quem acabou salvando os dois. Principalmente depois da confissão do Watson – e quando percebemos que nunca houve uma traição física da parte dele.
E sobre a traição dele… quer dizer que Sherlock tem uma IRMÃ?
Acho até viável o Watson não ter percebido quem ela era, principalmente na condição emocional em que ele se encontrava, mas acho que os efeitos das drogas estavam tão pesados em Sherlock que mesmo parecendo que ele poderia ter uma conversa aparentemente plausível, ele não reconheceu a própria irmã.
Mas também existe a possibilidade de Sherlock nem ter conhecido a irmã, ou não lembrar dela jpa que talvez ele a tenha visto quando era muito novo, então apenas Mycroft a reconheceria.
E sobre Sherrinford, ainda não se sabe se também é o nome da Eurus ou se ainda temos um quarto membro dessa irmandade.
Mas esse episódio fez nossas cabeças girarem o tempo todo, e com certeza o final foi algo que ninguém esperava. Claro que prestando atenção nos detalhes, deu para notar que a suposta filha do serial killer era a terapeuta, mas não imaginava que ela seria o affair de Watson.
Na resenha passada até comentei que ela poderia ser filha do vilão. Errei, em partes. Já que foi o próprio vilão que a ajudou em alguns detalhes.
Aliás, vocês sabiam que esse vilão tem muitas semelhanças com um vilão da vida real?
Culverton Smith lembra muito Jimmy Savile, que estuprou jovens e adultos, não importando o sexo, e também existem acusações de assassinato (mesmo após a sua morte). A semelhança? Jimmy também era uma celebridade, da tv e do rádio e ajudou muitos projetos, caridades e hospitais, e usou disso para suas atrocidades.
E antes de finalizar… easter eggs para vocês:
Lembram do momento em que eles vão ver o envelope que Mary deixou para Sherlock? Tem um pequeno envelope com o T. Mais especificamente o T do logo da Torchwood.
Não conhece Torchwood. Assista a série, e Doctor Who =D
Aliás, temos outro easter egg relacionado a Doctor Who na imagem promocional da quarta temporada: um dos livros da prateleira foi escrito por Lavínia Smith, tia da Sarah Jane Smith.
E agora o último, mas não menos importante – e que não está relacionado a Doctor Who – é uma carta endereçada a Holmes com o endereço Rua Montague, que foi onde ele morou antes da Rua Baker.
Até o próximo episódio
P.S.: Bem que poderíamos ter um quarto episódio, não é?
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