O Salmão da Dúvida
Nova coluna no OPP – Clube do Livro e a primeira resenha é do Salmão da Dúvida.
Olááá hitchhikers!
Hoje é estréia de uma nova coluna aqui no OPP!
CLUBE DO LIVRO! (se alguém tiver um nome melhor, pode opinar)
Antes de mais nada, vamos às regras de como essa coluna vai funcionar:
A primeira regra, você não fala do clube da luta.
-Serão feitas resenhas de um livro, e não de coleções (essa ainda é uma regra que possa ser modificada no futuro, mas por enquanto vamos ver se a coluna faz sucesso);
-Serão resenhas sem spoilers. Em alguns casos, trechos do livros podem vir a ser citados, mas nada que comprometa a historia. A ideia dessa coluna é fazer com que as pessoas queiram ler o livro, conhecer. E pra quem já leu, relembrar, discutir, e citar algo que achou mais interessante;
-Será uma democracia: daremos uma lista de 3 livros para vocês leitores assíduos e “queriduxos” escolherem qual vocês querem que seja o próximo aqui na coluna (Sim, teremos livros pré escolhidos. Mais pra frente, quem sabe, abriremos para que vocês escolham os livros.);
-Haverá um intervalo longo entre um post e outro, pois é o tempo que a colunista vai ter pra ler;
-Não se preocupem, manteremos um padrão aceitável para os fãs do site. (Desculpa galera, Comer, Rezar, Amar e 50 Tons de Cinza estão fora da lista. Tenho outros exemplos, mas esses dois foram os primeiros que vieram à minha mente).
Qualquer pergunta, sugestão, reclamação, convite para tomar uma Dinamite Pangaláctica ou xingamento, porque você é fã de 50 Tons de Cinza. Você pode fazer aqui na nossa página lindona do Facebook.
Observação importante: essa coluna é feito de fã para fã. Nenhum especialista ou estudioso está escrevendo aqui, apenas uma pessoa curiosa e apaixonada por leitura.
Agora chega de papo furado e vamos à nossa primeira resenha!
Sei que nenhum de vocês tiveram direito à voto na nossa primeira resenha, mas acho que ninguém vai discordar com a minha escolha.
Salmão da Dúvida é um compilado de textos, entrevistas, e historias pessoais sobre DNA. Textos encontrados em seu computador e transformado em um livro que faz você se apaixonar mais uma vez por ele.
Já começa com a bela divisão de “capítulos”: A VIDA, O UNIVERSO, E TUDO MAIS.
De forma cronológica, A VIDA, obviamente, conta sobre sua infância, experiencias, traumas, e muitas outras coisas que te faz rir sem parar!
É nesse momento que você percebe que DNA tinha um humor ácido não apenas em seus livros, mas contando sobre sua vida também.
Você já se impressiona em ver que, uma simples carta enviada à sua revista científica favorita já mostra a personalidade e a incrível facilidade de dissertação que Douglas Adams tinha com 12 anos. 12 ANOS!
Ele cita muito sobre suas experiências na escola, seus traumas de calças curtas (sabe o cara mais alto da sua turma? Douglas era maior que ele), sua paixão por Beatles.
Dica: para quem gosta de ouvir música enquanto lê, como eu, Beatles é um boa trilha sonora. Pink Floyd também encaixa bem nessa leitura.
Por sinal, essa história das calças curtas te faz rir muito e ao mesmo tempo se sentir mal pelo jovem DNA. E aposto que alguns vão se identificar.
Outro “trauma” citado é o fato de ter um nariz grande e mesmo assim ter grandes dificuldades para respirar (por sinal, um dos trechos mais engraçados desse capítulo, está nessa história).
Nesses dois textos dá pra notar como DNA tinha o dom de rir de si mesmo. Adolescência é uma época horrível que se diz respeito a personalidade, características físicas e descobrimento. Ou seja, adolescentes são pessoas horríveis. O tempo todo sendo julgados pela aparência, gostos e forma como age. Mas DNA soube passar por isso com o bom humor que nós conhecemos tão bem e admiramos. Não é à toa que um fã de Monty Python saiba tirar proveito até das piadas pessoais.
Anfitrião de uma ópera, suas viagens de férias, entrevistas, introduções do Guia (versão do rádio e quadrinhos), suas bebidas favoritas (top 5 dos meus textos favoritos desse livro) e a consequência de cada uma delas em seu organismo, suas preferências na vida (música, filmes, sonhos), seu questionamento sobre a virada do milênio, e com certeza, o melhor de todos: como fazer um verdadeiro chá britânico!
O UNIVERSO, além de mostrar mais entrevistas, também temos um ensaio filosófico sobre a existência de Deus (lembrando que Douglas Adams era ateu), textos para revistas e jornais. Citando alguns, não podemos deixar de lembrar que Douglas Adams era um grande Macfag, então alguns de seus textos falavam sobre toda sua jornada com seus computadores, a evolução da tecnologia, que por sinal, ele sabia exatamente onde estávamos indo! Com certeza, se estivesse vivo, estaria muito empolgado com a maior parte das novidades que temos hoje em dia relacionadas a computadores e smartphones.
“Então, meus dois maiores desejos para a década de 1990 são que os desenvolvedores de sistemas Macintosh voltem novamente seus olhos para esse futuro, e que Frank, o Vândalo, saia da minha casa.” (Trecho de um artigo para a revista MacUser, de 1989)
Seus livros, já publicados e os que ainda estariam por vir, suas inspirações, seu fascínio por Monty Python e como a comédia deles é genial, toda sua sabedoria, não só em tecnologia, mas qualquer tipo de ciência que lhe interessasse e, é claro, o texto Biscoitos. (Aproveitando, recomendo MUITO que vocês vejam esse post)
E podem falar o que for sobre O Guia do Mochileiro das Galáxias, mas nós fãs sabemos que não apenas seu humor peculiar que nos fascina nessa “trilogia de 5”, mas a forma como ele aborda cada trecho do livro, como ele lida com a temática scifi, além de haver várias críticas à sociedade e como ela funciona.
E finalmente, E TUDO MAIS. Nesse último capitulo, percebemos como foi toda a jornada para o filme d’O Guia sair do papel. Uma jornada de anos que envolve uma carta para David Vogel (Walt Disney), onde DNA passa TODOS OS SEUS CONTATOS POSSÍVEIS (pode incluir o telefone da babá da filha e alguns restaurantes que ele frequentava nessa); muitos contatos com diretores e pessoas interessadas que nem sempre entravam de acordo com DNA e suas ideias.
Primeira coisa que notei lendo esse último capítulo, e algo que os fãs sempre citaram: se DNA estivesse vivo durante a produção do filme, ele seria mais fiel e provavelmente teria continuações.
Mas com certeza, o mais emocionante: um conto com Zaphod como personagem principal, e O Salmão da Dúvida, o conto inacabado onde revemos o detetive Dirk Gently. Na verdade, o conto inacabado que existe no livro reúne alguns contos inacabados com títulos diferentes. Mas para entender melhor, por favor, não deixem de ler a Nota do Editor, bem no começo. Lá é bem explicado como esse livro foi organizado.
No EPÍLOGO do livro, vemos como DNA era admirado não só pelos seus fãs, mas também pelos seus amigos e colegas de trabalho. E alguns de seus amigos se tornaram ainda mais fãs depois de conhecê-lo pessoalmente. Ler para se emocionar, e concordar com cada palavra.
Doctor Who, Monty Python, The Beatles, Apple, rinocerontes, chás, ciência, sarcasmo, Charles Dickens, toalhas….. difícil citar todas as coisas que nos fazem lembrar desse autor e aspirante à músico (não é qualquer um que toca com Pink Floyd) que nos deixou tão cedo.
So long and thanks…. for everything DNA.
“Quando você lê uma frase especialmente brilhante de Adams, sua vontade é cutucar o ombro do estranho mais próximo e mostrar pra ele. O estranho pode até rir e parecer gostar do que está escrito, mas você se agarra à ideia de que ele não entendeu exatamente a força e a qualidade do texto, não tanto quanto você…”
Espero que tenham gostado da primeira resenha. Podem comentar com seus trechos favoritos, o que mais gostou sobre o livro, o que não gostou e se isso fez você ficar curioso para ler!
Próxima resenha: 1984 (Esse foi uma votação feita ano passado pelo facebook)
E aqui vão as três sugestões de livros para vocês escolherem: 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Admirável Mundo Novo e Star Wars – Herdeiro do Império. Qual será nossa terceira resenha?
[…] espero que tenham gostado! A primeira resenha da coluna foi O Salmão da Dúvida, então caso você não tenha lido, corre lá, é sem spoilers também […]
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