Supercomputadores estão fazendo perguntas menos complexas do que a resposta sobre a vida, o universo e tudo mais, mas ainda um pouco complicadas: como lidar com a pandemia do COVID-19.

Eles estão sendo usados para encontrar respostas à doença, prever a propagação do vírus, otimizar o rastreamento de contatos, alocar recursos e tomar decisões para os médicos, projetar vacinas e ferramentas de testes rápidos e entender espirros.

Aglomeração comemorando a cura

O maior número de projetos de supercomputação do COVID-19 envolve a produção de medicamentos. É provável que você tome vários medicamentos eficazes para tratar a doença. Os supercomputadores permitem que os pesquisadores adotem uma abordagem racional e procurem focar seletivamente proteínas que o SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19, precisa para seu ciclo de vida

O genoma viral codifica proteínas necessárias pelo vírus para infectar seres humanos e se replicar. Entre elas estão a  proteína tipo espiga que fareja e penetra seu alvo celular humano, mas também existem enzimas e máquinas moleculares que o vírus força “seus súditos humanos” a produzir para ele. Encontrar drogas que possam se ligar a essas proteínas e impedi-las de trabalhar é um caminho lógico a seguir.

Então, quais produtos químicos estão sendo testados para o COVID-19?

Uma primeira abordagem é experimentar medicamentos que já existem para outras indicações e que temos uma boa ideia de que são razoavelmente seguros. Isso é chamado de “redirecionamento” e, se funcionar, a aprovação regulatória será rápida.

Mas o redirecionamento não está necessariamente sendo feito da maneira mais racional. Uma ideia que os pesquisadores estão considerando é que os medicamentos que funcionam contra alvos proteicos de outros vírus, como gripe, hepatite ou Ebola, funcionarão automaticamente contra o COVID-19, mesmo quando os alvos proteicos SARS-CoV-2 não tiverem o mesmo formato.

Pensador Profundo da série de TV d’O Guia

Embora alguns receiem que os supercomputadores dominem o mundo, por enquanto  eles são servos da humanidade. Diferentes cientistas têm ideias diferentes sobre como calcular quais drogas funcionam melhor – alguns preferem inteligência artificial, por exemplo -, então há muita discussão em andamento.

Felizmente, cientistas armados com os computadores mais poderosos do mundo encontrarão, mais cedo ou mais tarde, os medicamentos necessários para combater o COVID-19. Se o fizerem, suas respostas surgirão antes de sete milhões de anos e terão um benefício mais imediato do que a resposta à pergunta final fornecida pelo Pensamento Profundo, que era simplesmente 42.

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May

Uma whovian que nunca esquece de levar sua toalha na TARDIS e nunca dispensa uma xícara de chá. Ainda acha que vai encontrar a pergunta fundamental sobre A Vida, o Universo e Tudo o Mais em alguma viagem no tempo ou no espaço.