Estranho fazer essa pergunta em um site que fala e celebra tanto a cultura britânica, mas essa pergunta se faz necessário com os cinquenta anos dessa obra prima.

50 anos de Monty Python. Há 50 anos seis “projetos” de comediantes acharam que seria uma boa ideia colocar todas as suas ideias em papéis, ler, decorar, ensaiar, interpretar da forma mais engraçada que eles poderiam fazer e mostrar para o Reino Unido o que estava por vir.

Ninguém esperava. Ninguém poderia imaginar, sequer pensar em algo parecido.

Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones e Terry Gilliam se juntaram com um único objetivo: fazer as pessoas rirem

Na verdade dois objetivos. Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones e Terry Gilliam se juntaram com dois objetivos:

  •  fazer as pessoas rirem
  • criticar o sistema

Na verdade três objetivos. Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones e Terry Gilliam se juntaram com três objetivos:

  • fazer as pessoas rirem
  • criticar o sistema
  • serem incríveis no que fazem

Na verdade são… bons, vocês entenderam.

Claro que o grupo foi se formando aos poucos até que Monty Python fosse oficializado e teve sua estreia na BBC em 1969. Mas estou aqui para falar um pouco sobre um dos maiores grupos de comédia do mundo (se não o maior).

Escrevo esse texto enquanto escuto a trilha sonora de Monty Python e pensando que não sou a melhor pessoa para falar sobre o assunto, mas quero falar com quem não conhece a obra!

Conhece sketchs? Sabe, aqueles pequenos curtas no meio do programa, que talvez tenha continuação – ou não. Pequenos momentos com piada, frases de efeitos, imitações e qualquer coisa que possa te fazer rir.

Provavelmente você pensou em vários programas de comédia diferentes e pode ter certeza: todos se inspiraram em Monty Python. Parece exagero meu, mas é verdade.

Monty Python revolucionou a comédia, com comentários ácidos, críticas diretas, piadas com duplo sentido e com referências teatrais, literárias, jornalísticas e filosóficas.

Partida de Futebol dos Filósofos.

 

Algumas vezes  não fizeram sentido para muita gente, o que foi visto como um tipo de ofensa, ao ponto de sofrerem censura (suas piadas são atemporais e a rejeição também). Fosse por motivos religiosos ou políticos, o grupo soube falar o que pensava e acabou ofendendo algumas pessoas que não entenderam as piadas – nada de novo sob o sol.

Comemorar 50 anos de Monty Python é comemorar a evolução da comédia, a possibilidade de rir de si mesmo, de tirar sarro daqueles que se acham donos da verdade, de dar risada com piadas com referências histórias e cinematográficas, é entender a mente de pessoas que sofreram com pós guerra e resolveram rir disso, é ter frases de efeito e músicas inesquecíveis, é poder dizer “é um humor diferente” quando alguém não entende e encher o saco de todo mundo para fazer maratona de Flying Circus e de todos os filmes do grupo.

E por que falar tanto de Monty Python em um blog sobre Douglas Adams? Bom, Douglas Adams era muito fã da serie, era amigo de Graham Chapman, escreveu uma sketch e participou de outra – que coincidentemente, ou não, faz parte do episódio 42.

Obrigada pelos spams, papagaio, Inquisição, nudge, animações incríveis, senhoras de vozes esganiçadas, futebol, cricket, nos explicar o sentido da vida e músicas contagiantes.

E AGORA… PARA ALGO COMPLETAMENTE DIFERENTE – ou nem tanto assim.

Se você quiser saber muito mais sobre Monty Python, acompanhe o site O Ministro do andar Tolo, o site quase mais completo sobre Monty Python no Brasil e adquira uma edição do livro “A História (quase) Definitiva de Monty Python“, que já comentamos aqui no blog, escrito pelo nosso querido amigo pythonesco e companheiro de podcast, Thiago Meister Carneiro.

P.S.: não se preocupem, isso ainda vai virar um episódio de podcast 😉

Agora conte… qual sua sketch favorita?

Written By

May

Uma whovian que nunca esquece de levar sua toalha na TARDIS e nunca dispensa uma xícara de chá. Ainda acha que vai encontrar a pergunta fundamental sobre A Vida, o Universo e Tudo o Mais em alguma viagem no tempo ou no espaço.