A História (quase) Definitiva de Monty Python – Resenha

Quando você começa a ler um livro, e no segundo parágrafo já está rindo muito, como prosseguir?

Esse foi o sentimento que tive lendo A História (quase) Definitiva de Monty Python. Eu ri, me diverti, lembrei de cenas que assisti na série e nos filmes, e não queria que o livro acabasse.

A história biográfica, escrita por Thiago Meister Carneiro – responsável pelo site O Ministro do andar Tolo e também nosso companheiro no podcast Inquisição Pangaláctica – tem todo um trabalho de pesquisa de 5 anos sobre todos os integrantes do clássico, seus trabalhos antes e depois de Monty Python e é claro, uma forma bem pythonesca de contar tudo isso.

O livro nos faz entrar novamente no incrível mundo desses comediantes e principalmente, entender porque depois de 50 anos, eles continuam sendo grandes referências para atores, músicos e cultura pop em geral.

Em uma leitura leve, você se depara vendo o universo de Cambridge, Oxford e Oxy , com seus grupos teatrais e desafios que todo universitário passa, com um adendo: universitários pós segunda guerra mundial.

Muitos problemas no país, muitas pessoas ainda vivendo em dificuldade, trabalhando para que tudo voltasse ao normal, e no meio disso tudo, rapazes que cresceram e vivenciaram as consequências dela, mas que nunca perderam o senso de humor – aliás, isso diz muito sobre uma das esquetes mais famosas, SPAM.

(Eu sei, a Guerra terminou mais de 20 anos antes de Monty Python estrear, mas como eu disse, no livro se fala muito do que eles fizeram antes do programa lançar, e as consequências da guerra foram severas).

Para os fãs de Douglas Adams, ele foi citado mais de uma vez no livro, tanto ao falar da sua admiração pelos Pythons, quanto mostrando a relação dele com Chapman e sua participação na série.

Aliás, a abertura de “O Sentido da Vida” faz uma pequena homenagem a um dos livros de Douglas Adams (e não é o Guia)!

Conheça mais sobre a vida pessoal de Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, e Michael Palin, saiba como foi todo o processo de querer escrever esquetes, atuar, tentar ganhar dinheiro fazendo o que gosta, correr o risco de ter sua série cancelada, correr o risco de não ter os filmes lançados, censurados até o chegarem no ponto em que são considerados os gênios da comédia.

Esse é um livro para quem já é fã e também para quem não conhece muito sobre o grupo. Claro, se você já assistiu tudo sobre eles, a leitura é muito mais “entendível”, com muito spoilers e explicações de esquetes e piadas que em alguns momentos tentamos entender porque estão lá.

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Tudo em Monty Python tem um propósito. Nenhuma piada passa despercebida, sem motivo ou, até mesmo, sem uma alfinetada.

Ou você é fã de Monty Python, ou não conhece. Eu te garanto, a leitura vai fazer você se apaixonar ainda mais por cada um deles, com seus erros e acertos.

E depois de toda essa leitura, só tem uma coisa a fazer: mais uma maratona Monty Python!

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