Kerblam! – Resenha
Fezzes are cool.
Precisa começar esse texto confessando que dei um gritinho quando o chapéu apareceu no começo do episódio. Uma bela referência em uma temporada que não está se prendendo a episódios passados.
E episódio mais passado ainda: os robôs entregadores são bem parecidos – uma grande referência aliás – com o Condutor do Psychic Circus, do episódio The Greatest Show in the Galaxy, da séria clássica, com o sétimo Doutor.
Eu estava achando que os melhores episódios dessa temporada eram os que retratavam algo histórico, mas Kerblam mudou minha opinião. Ou talvez esse episódio seja de um possível futuro tecnológico, o que entra na lista de melhores episódios que mostram a realidade.
Sei que parece meio assustador, meio Black Mirror, meio “vocês estão exagerando”. Mas esse episódio chegou em um bom ponto na questão tecnológica e para onde estamos indo. Ao mesmo tempo em que tudo parece ter ficado mais fácil e prático, existem vários filmes que retratam a inteligência artificial se voltando contra nós. E nesse caso, ela se voltou contra alguém que estava se voltando contra ela.
Parece meio confuso, mas juro que faz sentido.
A tendência é que as máquinas sejam responsáveis por todo trabalho, e isso tem sido avisado desde a época da revolução industrial. O trabalho humano – ou orgânico – começa a ficar obsoleto e menos eficiente para algumas empresas, o que faz com que o investimento em tecnologia seja maior.
A partir da hora que robôs começam a ser mais importantes do que humanos, haverá uma revolta. Isso já acontece hoje em dia por N motivos, e ainda nem chegamos nesse futuro retratado no episódio.
Claro que um serviço de entrega desse não seria de todo mal. ALÔ CORREIOS, TO FALANDO MAL DE VOCÊ MESMO.
Já convivemos com uma onda enorme de desemprego, e a ideia de que no futuro, o número de pessoas desempregadas será maior por elas estarem sendo substituídas faz até você concordar EM PARTES com o Charlie. E reproduzimos aquela famosa frase “de boa intenção, o inferno tá cheio”.
“Vou prejudicar e até MATAR UMA GALERA para mostrar o quanto a tecnologia é malvada. Olha como eu sou legal e revolucionário”. AMIGO, APENAS PARE. SEJE MENAS.
Personagens interessantes, mas nada muito extraordinário, no máximo você acaba tendo uma simpatia por eles – mentira, ainda choro pro Kira and Dan.
No quesito de vilão, esse com certeza foi o melhor episódio, isso se você não pensar no fato de que não tivemos muitos vilões nessa temporada. Foi uma história bem construída, com um bom enredo e mais uma vez com uma grande mensagem. E confesso que fui pega de surpresa, pois já comecei o episódio achando que as pessoas estavam virando robôs (saudades Cybermen).
E para não perder o costume, Jodie continua cada vez mais sensacional no papel.
Dou uma nota 10 de 13 regenerações para esse episódio.
P.S.: gostaria de ter visto a Yaz falando com a filha do Dan. Eu ia me acabar em lágrimas.
E no próximo episódio: The Witchfinders
Leave a Comment