Oxygen – Resenha
O universo mostra sua verdadeira face quando pede ajuda, nós mostramos a nossa da maneira que respondemos.
Vai ser muito clichê mas fiquei sem ar assistindo esse episódio.
Tinha que começar essa resenha com um clichê, sorry guys.
Escrito por Jamie Mathieson, esse episódio com uma referência maravilhosa, Star Trek:
“Space. The Final Frontier. Final, because it wants to kill us”.
E apesar de ser outra franquia, cabe muito bem em Doctor Who.
E só para vocês se situarem, além de Jamie Mathieson já ter roteirizado episódios de Doctor Who – “Mummy on the Orient Express”, “Flatline” e “The Girl Who Died” – ele também roteirizou a nossa sperie favorita mais recente, Dirk Gently! Mais especificamente o episódio 3, “Rogue Wall Enthusiasts”, e você pode conferir a resenha aqui.
Em Oxygen tivemos uma chance de verdade a possibilidade de ver a interatividade entre os três, e principalmente, o quanto Nardole e Bill são medrosos.
Claro que se você se vê em um lugar em que o oxigênio pode acabar a qualquer momento, a preocupação com a sua vida é grande. Mas lembrando das outras companions (infelizmente, sempre vamos comparar um pouco), a Bill se mostra diferente no quesito “salvar os outros”.
Me veio a mente as palavras “egoísta” e “medrosa”, mas eu achei elas fortes demais. Talvez uma palavra mais sensata seria cautelosa.
Não vou dizer que todas as companions eram super corajosas e destemidas, mas foram poucas as vezes que vimos o medo tomar conta delas. E muitas vezes, elas que incentivavam o Doutor a fazer algo.
Claro que nesse episódio a Bill sofreu bastante, dando ainda mais motivos para ter medo do que estaria por vir, mas o Doutor até perder a visão por ela só mostrou que ela ainda tem mais motivos para confiar nele e conseguir enfrentar todas as turbulências das viagens na TARDIS.
O Nardole é um caso a parte. Além dele já ter esse comportamento que conhecemos, o objetivo dele é manter o Doutor na Terra, e mais especificamente cuidando do cofre e o que é que seja que está lá dentro.
E de pensar que a aula do Doutor seria algo para se usar na prática logo em seguida, e ao mesmo tempo não ter nada a ver com o que os alunos estão aprendendo. Adoro essas coisas.
Lá em cima comentei da referência à Star Trek. Agora um easter egg que eu notei logo que apareceu, por eu ter assistido alguns episódios do primeiro Doutor é o fluid link da TARDIS.
E não só isso, mas como o primeiro, o 12º Doutor também engana seus companions para poder explorar o lugar.
Aliás, esse episódio da série clássica é o primeiro em que os Daleks aparecem.
Essa não é a primeira vez que um personagem na série fica cego. é a primeira do Doutor – e que, pelo que vimos no fim do episódio e trailer do próximo, é por tempo indeterminado.
A primeira foi Sarah Jane que perdeu a visão depois de olhar para um flash de luz, no episódio The Brain of Morbius de 1976. Uma coisa semelhante aconteceu a sua sucessora na TARDIS, Leela, quando olhou fixamente na explosão do navio de Rutan. Nesse caso, o incidente também mudou a cor dos seus olhos.
E Grace, que perdeu brevemente a vista depois que o Mestre usou sua retina para abrir o Eye of Harmony da TARDIS em Doctor Who: The Movie.
Também não é a primeira vez em que o verdadeiro vilão da história é o capitalismo.
No episódio de 1977, The Sun Makers, em que o Doutor e Leela descobrem que a população de Plutão está sendo explorada pela elite governante. Em ambas as histórias, o inimigo é uma empresa sem nome, sem rosto. É possível, então, que as empresas possam ser a mesma. Será?
Mais um item que nos lembra a série clássica, e dessa vez, algo que nos remete a infância.
O quarto Doutor era visto frequentemente com um io-iô em sua mão. Esta é a terceira vez que a versão de Capaldi apareceu com brinquedo.
Ele usou antes para testar os níveis de gravidade quando aterrissou na Lua em Kill the Moon, assim como o quarto doutor fez em 1974, no episódio The Ark in Space.
E mais uma vez foi abordado um tema que normalmente é polêmico, só que de maneira engraçada. Aparentemente a Bill agora era a racista da situação.
E a melhor parte com certeza foi a resposta do alienígena, não entendendo como a Bill sofre preconceito. É.. tá aí algo que queremos descobrir e acabar de vez.
E não é a primeira vez que um alienígena azul tardis apareceu na série.
. Em 2005, no episódio The End of the World, a tripulação da Plataforma One, a estação espacial que observava a morte da Terra, eram pessoas azuis do planeta Crespallion. Mais exemplos incluem Dorium Maldovar, o proprietário da Cantina Mos Eisley.
Até a próxima com…
Será que foi a Missy que saiu do cofre?
Quando o Doutor volta a enxergar?
E o diário com os spoilers?? *-*
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