Dirk Gently é o detetive mais estranho da TV

Segundo o próprio elenco e criadores da série!

Um novo tipo de detetive está chegando à televisão este mês com “Dirk Gently.” Baseado no romance de Douglas Adams, esta nova série da BBC America joga o público para um mundo estranho de assassinatos inexplicáveis, gangues, personagens curiosos em abundância, e Corgis.

Durante o painel na New York Comic Con, o elenco e seus produtores foram entrevistados.

“Dirk Gently” tem como centro Dirk (Barnett) e Todd (Wood), que o destino juntou para resolver mistérios. Barnett ponderou sobre seu personagem. “Ele é um detetive holístico, então ele tem … algum tipo de conexão com o universo onde ele vê mensagens que são interpretadas para ele como uma espécie de intuições e palpites. Mas o problema com Dirk é que não há pensamento por trás dele. Ele é puro instinto, então ele está constantemente agindo por impulso, se mete em encrencas, literalmente pulando antes de olhar aonde pula. Ele se intitula detetive, mas ele é um terrível detetive. É apenas a palavra mais próxima que ele pode encontrar para interpretar o que ele está tentando fazer, que é, de alguma forma usar seus supostos poderes para o bem.

Marks, que interpreta, Amanda, a irmã na tela de Wood , acrescentou: “É como se Sherlock fosse terrível … como se ele fizesse um trabalho horrível,” Marks assentiu. “E então teve um pouco de magia, e alguns Corgis”.

Marks, falando de Amanda na primeira pessoa, compartilhou, “Eu costumava ser uma baterista em uma banda punk, antes de eu ficar realmente doente com uma doença chamada Pararibulitis, que é uma doença fictícia… É uma doença do nervo, por isso vem com alucinações. Estou sempre tendo alucinações de que estou em situações de vida ou morte. Como no primeiro episódio, onde acredito estar sendo esfaqueada até a morte com as minhas baquetas que se transformam em facas de açougueiro. Mas parece real, porque os meus nervos estão disparando loucamente. Assim, cada episódio é realmente um alto risco para mim, porque eu acredito que estou morrendo em todos os lugares que eu vá. Eu não posso sair de casa. Eu me tornei agorafóbica por causa disso. Então, eu não saio de casa até o episódio três.”

Outro personagem com sérios problemas internos é Bart, interpretada por Dourif. “Bart é um tipo de garota solitária”, a atriz começou, mas foi cortada pelas risadas de Landis.

“Essas são palavras que eu nunca pensaria em usar!” Ele se maravilhou. “Bart é uma menina solitária?” Ele sugeriu ao vez disso, “Imagine se um furacão fosse uma pessoa.”

“É assim que eu a vejo”, Dourif deu de ombros com um sorriso, “Ela é uma menina solitária que nasceu como  se fosse a tecla Delete do universo.” Falando como se fosse a personagem, ela continuou, “É a minha vocação matar pessoas . E eu estou as matando, porque elas deveriam ser mortas. É como um tornado. Não é minha culpa eu tenho que fazê-lo. E é muito solitário. E é assim que eu penso de Bart.”

Ela também foi rápida em elogiar Landis pela caracterização de seu personagem, dizendo: “Tiro o chapéu para os criadores do show, eu interpreto uma personagem feminina que é totalmente não sexualizada em todos os sentidos. E eu nunca li isso antes. Nem sequer é uma questão de que (Bart) não seja sexualizada. Ela apenas não é.”

Felizmente para Bart, ela encontra em um hacker chamado Ken um amigo. Um homem negro Canadense com herança indiana, Koaho expressou durante o painel como ele estava empolgado em interpretar um personagem não definido por raça ou estereótipos raciais. Ele descreveu Ken como “o melhor hacker que já viveu.” Acrescentou: “Eu acho que Ken é um pouco como um eremita, por assim dizer. Um pouco recluso. Ele guarda muita coisa, sabe? Ele provavelmente ainda vive com sua mãe. E então ele conhece uma mulher louca chamada Bart, que muda completamente sua existência sendo esse cara fraco … e lhe permite tornar-se mais do que isso, uma pessoa  que está vendo mais do mundo, e interage com mais pessoas e pode até cometer um assassinato um dia.”

Por último, mas não menos importante, Eshete interpreta Farah Black, que primeiro chamou Gently para a América na esperança de proteger seu chefe, Patrick Spring. “Farah é uma guarda-costas durona e um gênio tático,” Eshete sorriu. “Ela basicamente garante que Dirk e Todd não morram. Eles entram em algumas situações bastante ridículas. Farah é incrível no que faz. Ela vai derrubar assaltantes duas vezes o tamanho dela em dois segundos. Ela é incrivelmente competente e incrível no que faz. Ela também tem um pouco de TOC, é um pouco neurótica. Ela resume a si mesma como uma pessoa muito difícil. Ela pode ser perfeccionista. Há um pouco de comédia nesse momentos. Há alguns momentos tristes nesses momentos.”

O mesmo acontece com a série. Eshete explicou, “Você não pode categorizá-la em um gênero específico. Você tem a sua comédia. Você tem o seu drama, de ficção científica, sobrenatural – ”

“E a violência!” Barnett interveio, “É muito violento.”

“E a violência!” Eshete concordou. “Tem um monte de sangue. Eu acho que é uma das grandes coisas sobre ela. Ela não se encaixa dentro de uma caixa “.

“É definitivamente gênero flexível”, Barnett concordou.

Marks concluiu: “Eu acho que é uma série que não é apenas uma série de detetive, mas também uma série policial, e também um drama familiar. É também uma comédia ampla. É também como ‘Harry Potter‘. Há também vários animais em papéis principais. Que outra série é assim?”

Como já sabemos, a série da BBC América não é realmente a primeira adaptação de Dirk Gently. Questionado sobre como ele espera melhorar em relação a série de 2012, que durou apenas quatro episódios, Landis respondeu: “Eu não estava interessado em melhorar em cima do que a série de Stephen Mangan fez. Eu não sou o tipo de cara que olha algo e pensa, ‘Eu poderia ter feito isso melhor.’ Uma vez que você realmente passa por esse processo, você sabe o quão difícil e complicado é.”

“Meu problema com esse show,” Landis continuou: “Se eu pudesse escolher um problema e uma coisa que eu queria fazer de diferente, foi que foi não ‘Dirk Gently’. Foi algo mais parecido com ‘Psych‘ ou ‘Monk‘, foi uma série de detetive peculiar. ‘Dirk Gently’ é um romance de ficção científica insano. ‘A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma’ é um romance de ficção científica insano. O elemento ‘detetive peculiar’ acontece porque o personagem principal é um vidente que pode ver conexões que ninguém mais vê, e cobre isso com uma mentira sobre ser capaz de seguir interconexão. É uma coisa composta. Ele é psíquico. Isso não é algo que adicionamos. Isto está nos livros. Nessa série, eles só tinham um cara com um monte de cordas, ‘Veja isto como tudo está conectado’. “Mas não é. Tudo o que não está conectado, só ele pode ver isso. Assim, nosso objetivo era fazer algo um pouco mais fiel aos livros do que a série anterior, não uma melhoria, apenas algo diferente e mais próximo dos livros. ”

Landis sabe que os fãs de Adams têm grandes expectativas para a série. Mas ele não tem medo. Na verdade, ele está empolgado com o hype, comparando “Dirk Gently Agência de Investigações Holísticas” com alguns shows extremamente amados.

“É tipo como se The Big Lebowski tivesse sido escrito por Douglas Adams,” Landis declarou: “Em seu melhor dia eu diria que é isso, e até mesmo em seu pior dia, é como se o ‘vício inerente’ (do detetive) fosse Doutor Who. Esse é a pegada. Essa é a impressão; essas são as referências que eu aderi. É estruturado como Game of Thrones, onde você está seguindo uma quantidade incrível de personagens díspares. Dirk e Todd são os personagens principais do show, embora você não necessariamente sabe até o episódio cinco. Bart e Ken tem um longo momento só deles.”

Fascinado por esta comparação, Koaho perguntou quem Bart e Ken seriam nesta analogia de Game of Thrones. Dourif e Landis responderam em uníssono: A Muralha. “O inverno está chegando, cara!” Landis riu, “Eu diria que (Ken é) Jon Snow, e ela é os White Walkers.”

“Dirk Gently Agência de Investigações Holísticas” estréia sábado, 22 outubro na BBC America.