Last Chance to See – Parte 03
Embora mais breve, esse pequeno trecho do primeiro capítulo de The Last Chance to See mostra claramente o tom ácido que predomina durante toda essa incrível obra. Para ler os trechos anteriores, clique nos endereços abaixo.
Antananarivo se pronuncia Tananarive, e por grande parte desse século foi escrito desse jeito também. Quando os franceses dominaram Madagascar no fim do século passado (“colonizaram” é provavelmente uma palavra muito suave para o ato de se mudar para um país que estava se virando muito bem sozinho, mas pelo qual os franceses pegaram um gosto), eles ficaram impacientes com o curioso hábito Magaxe de não se preocuparem em pronunciar a primeira e última sílaba dos nomes dos lugares. Eles decidiram, em seu modo Gaélico racional, que se era daquele jeito que os nomes eram pronunciados, então era desse jeito que eles deveriam ser grafados. Era como se alguém tivesse dominado a Inglaterra e nos dissesse que daquele momento em diante teríamos que escrever Leicester “Lester” e tínhamos que gostar disso. Poderíamos até ser forçados a escrever daquele jeito, mas não gostaríamos, e nem os Magaxe. Assim que conseguiram se livrar do domínio francês, em 1960, imediatamente reinstalaram toda a sua antiga grafia, e só ficaram com a culinária e a burocracia.
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