Olá! Como vai você? Bem, eu espero. Eu? Bom. Estou extremamente deprimido.

     Primeiramente uma ótima tarda para você. Nesse sentido eu estou lhe desejando uma ótima tarde e não anunciando que esta uma ótima tarde ou que pode talvez se transformar em uma ótima tarde ou até os três, pois não é uma ótima tarde e certamente não será uma ótima tarde em momento algum. Porquê? Ora, hoje é terça feira e diferente daquele gato maluco que come lasanhas, eu detesto terças feiras, hoje tentei me matar pisando descalço em uma pedra só para ver se a terça feira passava mais rápido e adivinha só? Bem, eu estou vivo. Deprimente não é? E o pior de tudo isso é que hoje estou, desatento, sonolento, deprimido, depressivo, com raiva, deslexo, cético, arrogante, preguiçoso, indisposto, tonto, sem noção de realidade, com dor no tornozelo esquerdo e não vejo sentido em nada na vida, alias, seria um ótimo dia para se matar. Mas não vou, pelo menos não enquanto não terminar o texto.

  Eu odeio guarda-chuvas, eu não sei você, mas, eu os detesto. Quem inventou o guarda-chuvas era um total imbecil, que estava sentado sem ter o que fazer e decidiu criar um aparelho que vai aparentemente ajudar você mas que só te ferra ainda mais no final. Ele é primeiramente grande, podia parar por aí, mas eu realmente tenho mais motivos interessantes sobre essa obra do satanás. Grande, enorme, trombulhento e gigantesco, o guarda-chuva foi criado para se andar por aí para que você se proteja de chuvas e bom… De chuvas… E como chove muito em quase toda parte do mundo, é sempre bom você andar com um guarda chuvas (Eu poderia listar os outros motivos, mas acho que o texto vai se desembolando a partir daqui), bom, pelo menos na teoria seria isso, se ele não fosse aquele aparelho gigantonorme que nem mesmo a versão compacta cabe na sua mochila. “Mas qual o problema de andar com um guarda chuvas na rua?”. Convenhamos, é horrível e esse é um outro motivo interessante pelo qual eu detesto essas catapultas de estrume destilado. Ok, vamos dizer que você achou um guarda-chuvas que caiba na sua mochila, bravo, agora você vai poupar atenção das pessoas, mas, por outro lado, vai ganhar peso e perder espaço na sua mochila, que podiam estar sendo usados para algo útil, como uma toalha por exemplo, que é um guarda-chuva muito melhor do que o próprio guarda chuva, (além de ter todas as suas outras milhões de utilidades) ou então uma camiseta limpa, ou um caderno, ou um violino, porquê não? A lista é imensa!! Tá bom, digamos que você… Não se preocupe com isso e decide leva-lo mesmo assim, e se chover?? Você esta ferrado!!! Primeiro por que não vai ter uma toalha, por que já esta levando seu guarda-chuva, depois, por que você vai ter que abrir sua mochila no meio da rua, tirar seu guarda-chuva, abri-lo, fechar a mochila com ele na mão, sem deixar que voe e depois coloca-la nas costas e posicionar o instrumento de tortura em um angulo exato que cubra sua cabeça e a parte inferior-superior geral da mochila num todo, ou seja, impossível. E agora vem o pior, a parte mais detestável dessa calúnia existencial. Ele fica molhado. Digamos que esteja com papeis, partituras, lições,  documentos na mochila, você vai guardar o seu guarda-chuva na mochila depois da tempestade e molhar tudo?? Não! Você vai ser obrigado a caminhar que nem um paspalhão por aí com aquele trambolho maligno, a toalha, pelo menos, você pode torcer e por em uma sacola que fica tudo bem, faça isso com seu guarda-chuva, é capaz de descer uma entidade cósmica do céu proibindo você de fazer tal ato insolente e detestável e leva-lo para a prisão intergaláctica. Mas, existe uma coisa, apenas uma coisa que odeio mais do que um guarda-chuvas. Ficar molhado.

 

Por Mariano Bastos – Tenham uma ótima noite (sim, já é noite) e 42

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