Universo Desconstruído
This is a man’s world, but it wouldn’t be nothing, nothing without a woman or a girl…
James Brown disse uma vez: este é um mundo dos homens, mas não seria nada sem as mulheres.
Cheguei aos meus 25 anos encontrando o nome daquilo que me definia: feminismo. Desde mais nova sempre carreguei comigo algo que me fazia acreditar nas pessoas de um jeito ou de outro e, mesmo que “superficialmente”, odiar qualquer tipo de preconceito.
Lembro que lá pelos meus 16 anos, criei uma comunidade no Orkut chamada Heterofobia, que servia para juntar pessoas que odiavam quem tinha preconceitos com quem era homossexual e que, algum tempo depois deletei justamente pelas pessoas entenderem errado e achar que deveríamos odiar héteros.
Eu sempre quis lutar contra essa opressão, talvez de uma forma mais contida e obviamente falhando muitas vezes. Isso moldou quem eu sou hoje: uma pessoa que se esforça todo dia para não ter um olhar preconceituoso. Confesso, é muito difícil.
Isso acabou resultando na “descoberta” do feminismo e, aliado a ele, descobri outras mil coisas que todos os dias tento consumir para aprender mais e mais. Basicamente: as pessoas tem que ser quem elas quiserem, sem julgamentos.
Uma vez, postei na página do blog que era eu quem havia criado o Obrigado Pelos Peixes (hoje somos uma equipe grande, com todos os gostos e gêneros – beijo equipe linda!) e algumas pessoas ficaram “chocadas” que era uma menina que “administrava” isso. Passei um tempão me perguntando o porquê e cheguei a conclusão: por mais que seja comum vermos meninas geeks/nerds hoje em dia, ainda é muito estranho porque os filmes, HQ’s e séries, ainda são muito engessados nesse ponto.
Pensando nisso, a Aline Valek e a Sybylla se juntaram com outras meninas que estavam afim de escrever sobre ficção científica feminista e criaram o Universo Desconstruído: uma coletânea de contos que visa quebrar estereótipos negativos sobre mulheres, pessoas negras, trans* e homossexuais. E o melhor disso é que você pode baixá-lo de graça.
Para saber mais sobre a obra, indico este texto do Carta Capital onde o Antono Luiz M. C. Costa escreve sobre a primeira antologia de ficção científica feminista no Brasil.
E claro, não deixem de baixar Universo Desconstruído!
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