Dos games para a realidade

Quantas vezes você já não sonhou em ter aquela tecnologia que a gente vê nos games para nos ajudar no dia-a-dia?

Pois saiba que algumas já existem, e algumas até assustam.

• Cura instantânea.

Principalmente em jogos de tiro em primeira pessoa, acumular kits médicos é muito importante para o jogo. Pois é, já existe algo bem próximo a isso, apesar de só funcionar em ferimentos pequenos e não ser tão instantâneo como nos games. A estudante Joe Landolina, da Universidade de Nova York, desenvolveu uma substância chamada Veti-Gel visando estancar sangramentos relativamente graves em questão de segundos. Dá para ver no vídeo:

• Olha a bomba!

Lembra em  Gears of War um tipo de granada que explode a partir de uma diretriz previamente definida, como a aproximação de um inimigo? Parece que alguns cientistas se inspiraram no game para criar o XM-25. O armamento é um lançador de granadas que podem ser programadas para serem explodidas em determinado ponto da sua trajetória.

• 1up da vida real.

Esse foi, sem dúvida, o que mais me assustou. Nos jogos sempre temos uma vida extra, que conseguimos em algum ponto, para podermos voltar ao nível que estávamos ao invés de começar de novo. O projeto se baseia na ideia de cada um ter o seu avatar, assim, caso sofresse um acidente, somente essa extensão do seu corpo ficaria danificada. Você, propriamente dito, continuaria íntegro (sim, você já viu isso em filmes). O bilionário russo Dmitry Itskov, criou um projeto batizado de 2045 Initiative, que pretende aplicar a transferência de informações cognitivas aos avatares. Basicamente, a iniciativa quer permitir o transplante das suas lembranças para um novo “cérebro”. Ou seja, você teria um corpo jovem e saudável (e provavelmente robótico) com todas as experiências que adquiriu ao longo da sua vida “anterior”. Vou parar por aqui, já estou assustada o suficiente com a mente humana.

• Quantas balas ainda tem?

Quantas vezes o indicador de balas já não fez você procurar freneticamente outra arma ou recarregar para não morrer em combate nos jogos? Uma iniciativa simples e útil foi aplicar um contador em armas da vida real. Michael Ciuffo fabricou um pequeno dispositivo que pode ser acoplado à arma e fica responsável por automatizar essa árdua tarefa.

• Sem errar o tiro.

Uma coisa que ajuda muito nos jogos de tiro é, sem dúvida, a mira. Inclusive alguns títulos oferecem mira automática. Se aproveitando desse pensamento a empresa TrackingPoint, especializada na fabricação de equipamentos bélicos, criou um sistema baseado em Linux capaz de atirar com uma precisão cirúrgica. O rifle XS1 possui um botão de “rastreamento”. Quando esse recurso é acionado, a arma cria um ponto de marcação no alvo, aí é só posicionar e atirar.

• Aprimorando suas habilidades.

É muito comum em alguns jogos a opção de incrementar suas habilidades de diferentes maneiras, incluindo o uso de equipamentos mecânicos, mutações, ervas ancestrais, substâncias químicas, etc. Em Bioshock, por exemplo, você pode melhorar o desempenho dos protagonistas por meio dos Plasmids. Na vida real existem experimentos que sendo realizados que não possuem tanta complexidade, como o fármaco modafinil, um remédio usado para o tratamento da narcolepsia e apneia do sono. Mas descobriu-se que ele também é capaz de deixar você acordado por cerca de 40 horas sem qualquer redução da sua capacidade mental e de concentração. A força aérea dos EUA já está de olho, estudando a possibilidade de, em casos específicos, fornecer esse medicamento para seus pilotos.

• Informações o tempo todo e em tempo real.

Uma coisa que ajuda muito nos games são as informações no canto de tela que estão a toda hora nos dando dados para tentarmos o melhor caminho para algum objetivo. Com o desenvolvimento do Google Glass, vários cientistas já estão buscando adaptar tais funcionalidades para outros dispositivos. Entre eles, alguns engenheiros do Ulsan National Institute of Science and Technology, na Coreia do Sul, inventaram lentes de contato que promovem as mesmas funções do produto da Google.

• Veículo antimíssil.

Nos games de guerra sempre tem aqueles veículos praticamente indestrutíveis, com metais fictícios impenetráveis. Apesar da tecnologia não ter chegado a desenvolver um adamantium na vida real, a DARPA, um dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimentos de novas tecnologias para o exército dos EUA, criou um sistema de proteção batizado de Iron Curtain, que intercepta mísseis antes que eles atinjam o carro.

Depois de saber de tudo isso, acho que prefiro continuar com algumas tecnologias só nos games.